Título:
Meia Noite em Paris
Lançamento:
1972
Duração:
1h40min
Direção:
Woody Allen
Gênero:
Comédia Romântica
Sinopse:
Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e quis
ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que
se por um lado fez com que fosse muito bem remunerado, por outro lhe rendeu uma
boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a Paris ao lado de sua
noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi
Kennedy). John irá à cidade para fechar um grande negócio e não se preocupa nem
um pouco em esconder sua desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com
que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho
sonho de se tornar um escritor reconhecido.
Eai galera! Hoje vou falar de um filme
que de certa forma mudou minha vida.
Lembro quando assisti as premiações do
Óscar de 2011 e Meia Noite em Paris ganhou o prêmio de Melhor Roteiro Original,
fiquei curioso mas assisti apenas três anos depois. Estava passando por um
momento difícil e ele não poderia ter vindo em melhor época.
O filme aparentar ter um roteiro simples,
conforme sinopse, Gil e Inez estão em Paris acompanhando o pai dela em uma
viagem e aproveitam para curtir o clima de noivado em que estão. A situação
começa a mudar quando encontram um amigo de Inez metido a intelectual que torna
os passeios entediantes por ser o sabe-tudo. Se a intenção de Woody Allen foi
de fazer o espectador odiar esse personagem, ele conseguiu.
Nervosismos a parte, o filme é capaz de
levar o público em uma viagem quando acompanhamos Gil por suas andanças pela
cidade. À meia noite, um carro aparece e o leva à Paris dos anos 20 – época
considerada por ele os Anos de Ouro.
No período, o protagonista convive com
Ernest Hemingway e o casal Fitzgerald, todos escritores que servem de
inspiração ao personagem principal - um roteirista de cinema que quer deixar a
carreira e se tornar um escritor de romances.
O filme não mostra apenas a Paris
“antiga”, mas os tempos atuais também: vemos as ruas, o Palácio e os jardins de
Versalhes, o lago que serviu de inspiração para a série Nenúfares de Monet, e
muitos outros locais, com foco para a loja de antiguidades e para a vendedora
que cria uma amizade com o protagonista.
Mas, como nem tudo é sempre perfeito, Gil
se apaixona por Adriana, mulher que vive nos anos 20. Nesse ponto vemos o senso
de humor de Woody Allen relacionado à mensagem que ele busca passar ao
espectador: Adriana também não está feliz com o período em que vive e, para
ela, os Anos de Ouro é a época da Belle Époque – final do século XIX e início do
século XX.
Em certa cena, os dois entram em uma
carruagem e vão para a tal Belle Époque. Adriana decide ficar por lá, mas Gil
não pode segui-la por ter uma noiva.
Decidido a prosseguir o noivado com Inez,
ele descobre que ela possui um caso com o amigo entediante e rompe o
relacionamento. Sozinho, segue andando pelas ruas de Paris quando encontra a
vendedora da loja de antiguidades, Gabrielle (agora eles se apresentam), e os
dois começam a conversar. Uma chuva se inicia, eles elogiam a cidade dizendo
que fica mais bonita com a chuva e seguem juntos passeando pelas ruas de Paris.
A ambientação do filme, a fotografia, os
cenários reais, garantem uma carga emocional enorme, uma vez que a beleza da
cidade está lá, intocada desde o século XVIII. A trilha sonora também auxilia,
ouvimos Cole Porter – cantor dos anos 20 responsável por provocar a primeira
ida de Gil à loja de antiguidades e o primeiro encontro com Gabrielle – e
diversas músicas instrumentais.
Aos mais exigentes, a obra peca por não
abordar o contexto histórico do final do século XIX e início do XX mas, por não
ser esse o objetivo, o filme concede ao espectador uma ótima reflexão: “o seu
desejo de viver outra época ou acontecimento o está impedindo de recomeçar e
ver o presente?”. Gil ficou tão fissurado por viver na Paris dos anos XX que
ficou cego para ver o que ocorria em seu noivado, porém, após perceber, ele
conseguiu recomeçar e viu que nunca é tarde para isso. Pretende morar na cidade
que ama e agora compreende que os Anos de Ouro é a época atual na qual ele
vive.
Nota para o filme: 5/5
Olá!
ResponderExcluirNão gosto dos filme de Woody Allen (não me julgue rsrsrs), também não sou lá muito fã do Owen Wilson, então na época do lançamento, não me interessei muito pelo filme.
Abraços!
olaaa
ResponderExcluirprefiro séries que filmes, mas vou dar uma olhada nesse filme com certeza, amei seu post
beijos
Olá, tudo bem?
ResponderExcluirAssisti a esse filme a um tempinho atrás, também amei a história, aliás, os cenários, tudo. É um filme maravilhoso!
Beijo!
Não sei se gostaria desse tipo de filme, tanto que nunca me animei a ver o filme kkkk
ResponderExcluirAcho bonito, mas, correndo o risco de ser super preconceituosa kkkk, não gosto desses filmes cults ou que tentem ser.
Mas que bom que o filme te agradou e vc se divertiu vendo.
Oi Vinicius, tudo bem?
ResponderExcluirJá vi muitas pessoas falando sobre esse filme, mas sempre que o vejo passo por ele direto, por achar que vai ser mais do mesmo. Fiquei surpresa ao saber que o mesmo tem um tema muito bonito e parece acertar em cheio no enredo e fotografia. Vou procurar para assistir!
Beijos!
Olá Vinicius, parece um filme bem produzido e eu até gosto de filmes com saltos no tempo, mas este sinceramente não chamou tanto a minha atenção, mesmo com todos elogios que você citou. A fotografia do filme parece ser em feita... curti estes detalhes. Xero!
ResponderExcluirOlá! Amei a resenha que você fez, ainda não assisti esse filme, mas agora fiquei com muita vontade de assistir, legal a reflexão que você fez no final do texto. Dica anotada, beijos!
ResponderExcluirOi, Vinicius!
ResponderExcluirAdorei seus comentários sobre o filme e vou procurar para assistir.
Um abraço.