Durante a apresentação de um filme sobre a Segunda Guerra
Mundial, os alunos do último ano do Colégio Gordon questionam o professor, Ben
Ross, como os alemães poderiam aceitar o que os nazistas defendiam e, mais,
alegar, ao final, que não sabiam que pessoas estavam morrendo.
⠀
Ben Ross é um professor que sempre gostou de mostrar aos
seus alunos as questões da história por experimento e o que poderia dar errado
com ele ensinando um pouco de disciplina para os alunos? É por conta dessa
ideia que surge 𝗔 𝗼𝗻𝗱𝗮.
⠀
Tenho fascinação por tudo que envolve a Segunda Guerra Mundial, porque acho que é muito importante lermos e discutirmos o tema para impedirmos que algo igual aconteça. Quando soube que esse livro existia e era baseado em fatos reais, quis ler imediatamente e foi aí que surgiu a ideia de ler com a Jess (@aequipenerd), que está estudando história.
⠀⠀
Comecei a leitura desse livro sabendo que não poderia dar
certo a ideia do Ben e isso me acompanhou até as últimas páginas. Quando ele
foi questionado pelos alunos sobre o porquê de os alemães terem aceitado tudo
facilmente, os jovens não aceitam a resposta. Também, convenhamos, uma nação
matar pessoas pelo simples fato delas serem o que são é assustador e é por esse
motivo que o experimento nunca poderia dar certo.
⠀
Ben começa a trabalhar na sala de aula a disciplina. Ele
exige que os jovens se sentem de forma correta, que levantem para responder e
sempre usem a expressão “Sr. Ross” para fazê-lo. Num primeiro momento é tudo
novidade, os jovens acham que é piada, mas começam a se esforçar para atenderem
ao que o professor espera. Eis que para a surpresa de Ben, que imaginava ser
algo de apenas uma aula ou parte dela, os jovens aderem ao movimento e o
professo, num momento de euforia – e até de sede de poder – cria o movimento e
o deixa ganhar espaço.
⠀
No entanto, como em muitas situações, temos pessoas que
questionam a veracidade do que é defendido. Questionam a ideia de ter um
pensamento em massa e os jovens perderem sua individualidade. Uma dessas jovens
é a Laurie, diretora editorial do jornal da escola. Quando ela começa a
questionar outros jovens, eles se viram contra ela, que sempre foi a queridinha
dos professores e é aí que A onda sai dos trilhos, os jovens começam a julgar
aqueles que não aderem ao movimento. Será que eles conseguirão entender as
lições do professor? Entenderão o que é o pensamento em massa e como ele pode
ser prejudicial?
⠀
O livro dá um “boom” em nossa cabeça. É impossível não se sentir assustado com a facilidade de como o pensamento em massa domina e como as pessoas aceitam que outros pensem por elas. Tem até um trecho que representa bem isso
“Estou dizendo – continuou o marido -, é impressionante como eles gostam bem mais quando a gente toma as decisões por eles.
- Claro, significa menos trabalho para eles. Não precisam pensar por conta própria (...)”
⠀⠀
Ainda que o livro tenha pontos extremamente positivos e que
façam o leitor refletir, dois pontos me desagradaram um pouco ao longo da
leitura, o primeiro foi um romance que acontece entre as páginas sendo, a meu
ver, desnecessário e a outra foi o final. Senti que o livro terminou de uma
forma abrupta. Ele dá uma solução para a questão, mas não trabalha o depois,
que era algo que eu gostaria de ver.
⠀⠀
Esse foi o décimo – e último – livro do projeto
#1livroacada7dias organizado pela @louca_porlivrosss e @dea.leitora.
⠀⠀
O que acham da proposta desse livro? Já pararam para pensar
em como a SGM começou?
⠀⠀
4,4/5 ⭐
Oi, Bruna como vai? Eu particularmente gosto bastante de livros com essa temática, este aí eu não li. Contudo certamente me agradará. Ótima resenha. Abraço!
ResponderExcluirhttps://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/
Oi, Bruna, na minha opinião eu não leria! Só de ler sua resenha e me aprofundar na sua resenha eu já descobri que este livro não é minha praia.
ResponderExcluirEu não conhecia este livro, acho que ando por fora dos lançamentos desta editora! :(
Beijos Mila
Daily of Books Mila