Sobre inclusão

Olá, meus amores! Tudo bem com vocês?

Hoje eu vou falar sobre um filme que eu assisti recentemente para a faculdade. O filme é emocionante e eu super recomendo para vocês, pois ele trata de um assunto muito importante: inclusão.  


Mohammad, um garotinho cego e admiravelmente perceptivo, é o protagonista de “A Cor do Paraíso”, uma produção cinematográfica iraniana dirigida por Majid Majid. Muito mais do que uma história comovente sendo contada, “A Cor do Paraíso” é um filme totalmente apto a despertar a reflexão sobre inclusão de pessoas cegas nos meios sociais e o valor grandioso que a família possui.

O filme se inicia de modo frustrante. Hashem, o pai de Mohammad, não vai buscar seu filho na escola de cegos no horário marcado. O menino fica esperando pelo pai, que quando finalmente aparece, declara ao professor que não pode levar seu filho para casa. O motivo é que a perda da esposa de Hashem para a morte o deixou impossibilitado de cuidar do filho. O professor contesta a decisão do pai, alegando que os alunos estão em um período de três meses de férias. É obrigação de Hashem levar Mohammad consigo. Então, eles partem juntos. 

A partir daí, uma série de situações frustrantes acontecem. Hashem não quer o filho perto de si, pois não aceita o fato de ter um filho cego, que não poderá cuidar dele quando ficar velho. A partir dessa perspectiva, tenta, ao máximo, ocultar Mohammad de sua vida e da vida de sua família. Ao mesmo tempo, Hashem tenta conquistar a família de uma mulher para poder pedi-la em casamento. 

O início do filme já possui características marcantes. Logo no começo, somos atingidos por uma lufada de generosidade. O responsável pela ventania é o próprio Mohammad, que se mostra uma criança bastante perspicaz e carrega um coração sublime. A cena em questão, é a cena em que o menino encontra um passarinho perdido e com esforço, o devolve ao ninho, em cima de uma árvore. E mesmo que esse ato já seja um ato glorioso, Mohammad faz tudo isso em meio à frustração que o envolveu por seu pai ainda não ter aparecido para buscá-lo. 

Ao que tudo indica, o amor que irradia de Mohammad não é o suficiente para que seu pai o valorize. As atitudes de Hashem foram de caráter preconceituoso, maldoso e egoísta. O seu desprezo pelo filho, pelo simples fato de ele ser cego, deram origem a cenas fortes e desesperadoras, como o momento em que ele entrega o filho para um carpinteiro que também é cego. Essa posição de Hashem passa uma mensagem a respeito da inclusão de pessoas deficientes nos meios sociais. Ao que parece, para Hashem, o único lugar em que seu filho deve estar é diante de pessoas cegas como ele. Ou seja, opinião totalmente contrária àquilo que chamamos de inclusão.

Com base nesses fatores lamentáveis na vida de uma criança, nota-se o quanto a família tem um papel importante na vida de todos. A única coisa que o pai deveria dar para o seu filho era amor. Infelizmente, Mohammad só recebeu um indicio desse sentimento em meio ao desespero que quase o desligou do mundo. Por outro lado, a avó se mostrou caridosa e apaixonada pelo neto, dando-lhe tudo o que estava ao seu alcance para o que Mohammad se sentisse amado.

A melhor palavra para descrever “A Cor do Paraíso”: comovente. É impossível que o coração não aperte ou que os olhos não semicerrem. O filme ressalta a importância da inclusão social e da família de uma forma honrosa e digna de muitos aplausos.

Por Thamiris Dondóssola, do blog Historiar.

11 comentários

  1. Oie...
    Não tinha conhecimento sobre esse filme, mas, posso dizer que fiquei bem animada para assistir! Adoro filmes que trabalham sobre sentimentos humanos e esse parece que faz muito o meu estilo cinematográfico :)
    Deve ter uma carga sentimental gigantesca ...
    Beijos e valeu pela dica!

    http://coisasdediane.blogspot.com.br/

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Oi, Thami!
    Gente, só lendo sua resenha já me veio lágrimas. Acho que vou ter de assistir esse filme com uma caixa de lenços do lado.
    Beijos
    Balaio de Babados
    Participe do sorteio Mês das Mulheres em Dobro
    Porcelana - Financiamento Coletivo

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  4. Oi Thamiris!
    Fiquei com o coração apertadinho só de ler sua resenha, então acho que se assistir ao filme vou chorar por horas! Eu não consigo conceber tamanho preconceito, ainda mais vindo de um pai. Mas acho importante filmes assim porque eles nos forçam a reflexão.
    Bjs!

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  5. Olá!

    Nossa, que triste. Não o conhecia, mas já estou sofrendo pelo garotinho só de ler sua resenha. Tentarei dar uma chance a ele logo menos.

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  6. Olá... meu coração ficou tão apertado... lendo a resenha do filme... fiquei encantada... nossa imagino como deve ter ficado a cabecinha desse menino com um pai tão cruel e preconceituoso e daí que o menino é cego? Ele ainda é um ser humano e merece ser amado até muito mais... fico me sentindo com vergonha alheia com esse tipo de sentimento... Xero!!!

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  7. Oi, Tham!
    Eu não conhecia o filme, ms conheço um pouco dos costumes orientais e sei que eles tem mesmo esse mania de descartar crianças deficientes. Se bem que aqui não é muito diferente, temos segregação social em todos os âmbitos. Gostei de saber que o filme te comoveu, significa que passou a mensagem certa! bjs!

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  8. Esse é aquele livro que a gente lê e recomenda pra várias pessoas, né? Por sua temática e mensagem a ser passada. Gostei da resenha mesmo, mas acho que vou esperar pra ler esse livro de chorar haha Beijos

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  9. Oi Thamires, gostei muito do enredo, parece ser um filme que arranca algumas lágrimas e aprendizados, gosto de filmes assim que não são super produções, mas que tem muito na história a oferecer.
    Beijos ótima sugestão!

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  10. Olá, não conhecia o filme...adorei a dica, já vou correr pra anotar, pois adoro uma sessão pipoca!

    Abraços

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  11. Só de ler sua resenha já fiquei com o coração na mão. Não conhecia o filme e decididamente irei procurar a respeito dele. Coitado do Mohammed. Não por ser cego, mas por ter pessoas que não entendem que ele é uma pessoa também e que merece e precisa de atenção, carinho e cuidado como todo mundo.
    Vai para a lista do "tenho que achar e ver o quanto antes".

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