Olá leitores,
Hoje estou aqui tentando cumprir uma
missão que me foi dada no dia primeiro do corrente mês. Digo isso, porque foi
nesse dia que a Thamiris postou o nono tema para o Projeto Escrevendo sem Medo e, desde esse dia, venho pensando em
como escrever meu nono texto.
O tema escolhido pela Thamiris foi: “A citação. Escolha uma citação de algum
livro ou música que você gosta. Apresente ela no início do seu texto e comente
sobre ela. Por que você escolheu essa citação em meio a tantas outras? O que
ela tem de especial? Você concorda com essa citação? Você vive essa
citação? Desenvolva ao seu modo, dê asas
a sua imaginação e escreva sem medo!”
O primeiro motivo de eu não ter
conseguido escrever é: Não sei qual citação escolher. E o segundo é: Tampouco
sei o que escrever sobre essa citação. Mas, enquanto conversava com minha mãe,
cheguei à conclusão que sei, sim, qual citação escolher (ou melhor, são duas) e
como falar sobre elas, vamos conferir?
“Aqui, eu gostaria de poder transcrever algum discurso que eu tivesse feito para tirá-la daquele estado terrível, algo sobre voltar à vida ou reaprender a viver. Talvez o discurso terminasse com um floreio: eu poderia ter aberto as janelas ou encontrado alguma inspiração na natureza. Talvez um bom discurso pudesse ter lhe trazido certa sensação de “encerramento”. Diversas vezes tentei elaborá-lo, acordado durante a noite; variações poéticas sobre ideias banais, falando sobre otimismo ou aproveitar o dia, algo sobre as estações do ano. Mas não sou um orador, me falta eloquência e imaginação e, após vinte anos, nem chegamos perto de vivenciar algo tão simples e puro quanto um “encerramento”. Mesmo que fosse possível, não tenho certeza se ansiávamos por isso. Parar de se lembrar ou de se importar? Pra quê?” – Nós, David Nicholls
Caro David,
Acho que você já deve estar cansado de
saber que escreveu um dos meus livros favoritos da vida, Um dia. E, mesmo que Nós
não tenha sido tudo o que eu imaginava, essa citação retrata muitos
sentimentos, aliás, ela é composta de sentimentos. Todos nós, em algum momento
de nossas vidas, já passamos por uma situação assim de tentarmos consolar
alguém e não termos palavras para isso. Faltar palavras para nos expressar é
terrível, mas isso não quer dizer que você não tem sentimento, não!, longe
disso, talvez você os tenha demais em seu coração e mente e eles só não
consigam ser traduzidos.
Ah, David, parar de se lembrar ou se
importar nem sempre é a melhor solução, mas, muitas vezes, é o melhor que
podemos fazer por nós mesmos.
Obrigada, querido, por ter escrito algo
tão profundo e ter me dado a oportunidade de “encerrar” muitos sentimentos
dolorosos que estavam como feridas abertas em meu peito.
Com amor,
Bruna
“O esquecimento do passado é a misericórdia divina que nos dá oportunidades de recomeço, a cada nova encarnação. E sabemos que o espírito reencarna para aprender a progredir. O esquecimento do passado é a oportunidade que temos, a cada nova encarnação, de começar do zero. É um passaporte em branco, um recomeço. Assim, podemos fazer uso de nosso livre-arbítrio para adquirir novos aprendizados em cada existência – e a quitação dos nossos débitos se encaixa justamente dentro de nossa parcela de aprendizado.” – Enquanto houver amor, haverá esperança, Sarah Kilimanjaro
Querida Sarah,
Sempre que ouço pessoas falando sobre
carmas e chances que perdemos, relembro dessas suas palavras. Deus, em sua
maior bondade e pureza, nos deu a chance de recomeçar milhares e milhares de
vezes, de reparar nossos erros, progredir e, enfim, buscar a pureza do amor
divino.
Longe de ser um trecho que fala sobre
religião, não, suas palavras falam do mais puro amor e retratam o que acontece
em uma vida. É como quando começamos um ano que nos imaginamos com um caderno
branco para ser escrito, assim é nossa vida a cada reencarnação. Um caderno
branco novo para que possamos escrever nossa história e agir, espera-se, de
forma prudente e correta, mostrando que nós evoluímos e aprendemos.
Ao contrário do que o trecho do David
fala sobre o esquecimento de um acontecimento triste, seu trecho fala sobre o
esquecimento da vida e um novo recomeço, uma nova chance, sem mágoas nem dor.
Espero que, muitos dos que estejam lendo
isso, consigam captar a essência do que suas doces palavras quer transmitir.
Muito obrigada por me proporcionar esse
aprendizado.
Com amor,
Bruna.
Como vocês puderam ver, escolhi escrever
uma carta para cada um dos autores que escreveram esses dois trechos incríveis.
Espero que vocês tenham gostado.
Este texto refere-se ao nono tema do Projeto Escrevendo sem
Medo criado e organizado pela Thamiris
Dondóssola do blog Historiar.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei seus textos! Gostei desse projeto. Tem muito tempo que não escrevo nada, meu caderninho está formando teias de aranha já haha!
ResponderExcluirOi Bru,
ResponderExcluirQue legal tu ter escolhido duas citações. E eu fiquei muito, muito contente com suas reflexões em cima delas. Adorei a ideia da carta, ficou bem bacana!
Sua participação me deixa cada vez mais feliz. E eu acho que acertei em cheio ao escolher esse tema, os textos estão maravilhosos. O seu é um deles! ♥
Beijos
Historiar
Bruna, eu acredito muito na reencarnação. Já fui espírita e hoje, mesmo não sendo adepta de religião, eu continuo acreditando na reencarnação. Pois Deus é soberanamente justo e bom para nos dar infinitas oportunidades de evoluir.
ResponderExcluirPonto de exclamação
Oi...
ResponderExcluirEsse tema esta bem complicado, pois, tenho milhares de trechos de livros favoritos, mas, consegui escolher um e em breve postarei o meu texto.
Beijos
coisasdediane.blogspot.com.br
Muitas vezes não é fácil escrever, mas quando ocorre aquele estalo como lhe aconteceu, de encontrar dois trechos de livros de autores distintos que de alguma forma estão relacionados com o tema para sua citação: o recomeço, a perda e quem sabe, a necessidade de esquecer, tudo passa a fluir e os dedos se agitam querendo escrever na mesma velocidade que a mente está processando.
ResponderExcluirMeus primeiros textos foram escritos em primeira pessoa, traz mais segurança, como se aquilo que estamos escrevendo fosse algo extremamente pessoal e intransferível. Imagino que tenha se sentido assim.