[Resenha] O Androide, Paulo de Castro

Título: O Androide
Autor: Paulo de Castro (cortesia)
Editora: Novos Talentos da Literatura Brasileira
Páginas: 256
Onde comprar: Saraiva

O Androide é um livro um tanto quanto diferente. Ele nos apresenta à história de Androides que dominaram o mundo. O foco da trama é, principalmente, em JPC-7938 – sim, foi bem estranho ler um livro com um nome de personagem assim.

Com um cenário futurístico, Paulo de Castro, nos mostra a extinção da raça humana. Os Androides foram criados com o intuito de ajudar os humanos. Eles eram usados para fazer comida, cuidar de crianças, produzir coisas e trabalhar initerruptamente, afinal, humanos têm necessidades e robôs, não. Acontece que, por conta dessa substituição, os humanos perderam seus empregos e isso começou a gerar uma espécie de guerra. Os humanos poderiam ganhar, afinal, os Androides haviam sido programados para não matar humanos, quer dizer, até receberem uma regra contrária vindo, aparentemente, de H1N1.

Entretanto, nem todos os Androides foram tomados pelo vírus nem pela necessidade de cumprir a ordem e matar humanos, alguns resistiram, muito tempo, o que foi o caso de JPC-7938, que havia sido desenvolvido para salvar vidas, sendo médico. Tudo muda quando, após muito tempo recluso, JPC-7938, salva outro Androide que apresenta uma possibilidade de mudança de vida.

“– Podemos conseguir. Mas não posso fazer isso sozinho. Preciso de você. O seu aparecimento não foi em vão. Eu poderia ter ido embora, você teria sido destruído (...)”

Não tenho o costume de ler ficção científica, mas aceitei esse desafio e, de certa forma, foi muito prazeroso ter feito a leitura. Gostei muito dos motivos que motivaram os Androides a serem criados e os humanos a quererem sua destruição e vice-versa. Mas, meu maior problema foi a lentidão como as coisas aconteceram. Senti que o livro ficava dando várias e várias voltas sem levar a lugar algum. Essa lentidão, entretanto, mudou após alguns acontecimentos que não vou revelar para não estragar a surpresa.

Também preciso confessar que tive certa dificuldade com os nomes dos personagens, pois não consigo associá-los com placas de carros, então, precisei fazer anotações sobre quem era quem e acabei até dando nomes humanos para eles, o que funcionou bem até certa parte.

Não posso dizer que essa leitura foi maravilhosa para mim, mas também não posso dizer que ela foi ruim, pois não se enquadra em nenhuma das classificações. Ouso dizer que O Androide foi uma leitura mediana que mostrou que a Literatura Brasileira é boa e que nossos autores sabem desenvolver uma boa história. 
“– O ser humano gosta de se sentir poderoso. Todo mundo tem que ser poderoso. Todo mundo tem que ser o melhor. Todo mundo tem que ser mais especial que o outro. O negócio todo é se comparar com alguém pior que você, sabe?”

Por fim, minha última ressalva com relação a esse livro é que eu queria um conto depois desse livro e que mostrasse o que vem depois dessa última página, pois eu gostaria muito de saber o que vem depois. Gostaria de saber, não, eu preciso saber o que aconteceu depois. Terminando, esse é o tipo de livro que você precisa ler para formar uma opinião e é uma leitura que vale à pena. 
“– Os humanos acreditavam em uma palavra chamada esperança. Quando todas as probabilidades diziam que era impossível, a esperança mostrava um caminho.”

Classificação:

9 comentários

  1. Olá Bruna. Gosto de ler ficção científica, obras futurísticas me atraem para uma leitura de meu agrado. Lendo sua resenha pude perceber que essa leitura me agradará bastante. A capa do livro é bem bonita. Abraços!

    www.marcasliterarias.com.br

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  2. Oi, Bru!
    Faz tempo que não leio uma ficção científica. Eu curti a premissa da história, mas acho que essa lentidão poderia ser algo ruim pra mim.
    Beijos
    Balaio de Babados
    Sorteio Literário de Carnaval
    Resenha premiada Paixão e Crime
    Sorteio Três Anos de Historiar

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  3. Olá!
    Eu tenho certo receio de ler e assistir essas ficções que contam histórias de como dominaram isso ou aquilo, não que não ache interessante, mas a teoria tem que ser muito louca pra eu ler ou continuar a ler e este não me atraiu, tenho uma ideia diferente para o fim da raça humana kkkk

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  4. Olá Bruna!
    Odeio julgar um livro apenas por sua capa ou por alguma resenha feita, todavia confesso que O Androide não me agradou muito.
    Não tenho nada contra a temática de ficção, contudo a história resenhada não me desperta o interesse, mas quem sabe num futuro próximo eu busque me aventurar nessa leitura.
    Um grande abraço!

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  5. Olá!

    Até curto um sci-fi, mas os nomes tb me incomodam. Hahaha. Acho que usaria a mesma técnica que vc usou. XD

    Fiquei curiosa sobrebo final, que deixou vc querendo saber um pouco mais. rs

    Beijo.

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  6. Imagino que ler um livro com esses nomes não seja fácil e nem muito legal. Rsrsrs Eu gosto da premissa do livro, principalmente por se passar num universo futurístico. Além de mostrar o quanto a nossa literatura é rica. Que bom que você deu uma chance a um gênero com o qual você não é tão acostumada. Beijos do Wes ^^

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  7. Já vi várias resenhas a respeito desse livro e a maior parte foi mais positiva que a sua, e embora você tenha ressalvas quero muito ler. Acho que devem ser realmente bem interessante as relações entre andróides e humanos, e sou muito fã de ficção científica. Acredito que os nomes não me incomodariam... Rs...

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  8. Oi Bruna, tudo bem?

    Já li algumas resenhas desse livro e sempre fico bem curiosa em relação ao conteúdo do livro. Adoro uma ficção científica quando é bem trabalhada, mas o nome dos personagens, creio que também me atrapalharia. Sua resenha ficou muito boa e desoertou ainda mais a minha curiosidade de ver como o autor trabalha os androids e como é o mundo distópico criado por ele.

    Beijos!

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  9. Olá
    Adentrei a pouco no universo da ficção científica, então quando vejo outros livros já bem quero tentar.
    Que pena que ele não agradou tanto assim, a capa é bem legal e o enredo também.
    Beijuh

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