[Resenha] Raro - Poemas de Eros, William Soares dos Santos


Título: Raro – Pemas de Eros
Autor: William Soares dos Santos
Editora: Urutau (cortesia)
Páginas: 104
Onde comprar: Site da Editora

“(...), Mas sentem a consciência presente da morte serena na hora precisa da plenitude.”

Um livro não tão conhecido que foi capaz de me trazer uma magnitude de palavras que me abriram a mente de uma maneira absurda. William nasceu em 1972 e é carioca, professor da UFRJ. Os livros mais conhecidos dele são: Um amor e os livros de poesias Rarefeito e Poemas da meia-noite (e do meio dia).

Apresentando-nos um mundo totalmente novo e prazeroso, Raro nos mostra algo em que no cotidiano pode ser algo comum só que nesse livro é tratado como algo principal, gozador e inebriante.

William colocou em Raro poemas que despiam a verdade a deixando fervente, nua e crua. Com intensidade e sensualidade não explicita o livro me mostrou que um momento pode ir de intenso a perturbador, para isso basta uma chama de excitação sendo seguida pelo gosto doce do prazer.

Os meus poemas preferidos foram Voyer, A primeira vez, Esperei-te até não mais e Intensidade.

“Pura vida, em anseio por aplacar o insone e tórrido desejo, nas horas fugidias em que o olhar tão simplesmente se comprazia.”

“Não havia nem sol nem lua, somente ela a brilhar na vastidão, qual estrela cadente no horizonte de meu corpo.”

Apesar do livro tratar de algo no teor sexual a história não nos apresenta absurdos de palavras não complacente com o poema citado. Se revirando no prazer das palavras foi como me senti ao ler essa obra. Silhuetas dançantes sensualizavam em quanto poesias eram sopradas do vento ao papel.


Se as páginas pudessem ser de pele, não seria preciso descobrir porque goza o poema. Toda especulação em torno da relação entre arte e prazer teria seu fim se nos livros pudéssemos sentir textura e calor de um corpo que escreve em si. No lugar de palavras, braços, pernas abertas, cruzadas, fechadas, que vão saindo obra afora e se confundindo também com o corpo do leitor — alvo da relação que se insinua. No lugar da revelação de um sentido, a produção de uma interminável cadeia de sensações faria o poema acontecer; leitor e poeta exaustos afinal.

Classificação:

13 comentários

  1. Esse foi um ano de inúmeras descobertas na literatura para mim e entre elas descobri um carinho pela poesia que até então não tinha, e isso foi maravilhoso. Achei a proposta do livro bastante interessante e saber que, apesar dessa via sexual a obra se propõe a trazer em seus textos, os poemas não apresentam palavões ou coisas do tipo e isso me deixou bem curioso para conhecer o livro. Sua resenha ficou bem poética, hein? Adorei! Beijos do Wes ^^

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  2. Eu tive o prazer de realizar a leitura desse livro recentemente a adorei o que encontrei na obra, é uma leitura muito interessante e que os amantes de uma boa poesia deveriam ler. Adorei a sua resenha e ver que você gostou do livro tanto quanto eu.

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  3. Olá, tudo bem? Eu amo ler livros de poemas, mas ainda não conhecia esse livro. Amei conhecer a obra através da tua resenha, principalmente porque parece tratar de temas bem diferentes do que estou acostumada. Adorei a dica!

    Beijos,
    Duas Livreiras

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  4. Olá!
    Não costumo ler poesias mas este livro me chamou atenção! Mesmo com teor sexual (que eu costumo não gostar) acredito que vale mesmo a pena e irei dar uma chance, alias esta edição também esta lindíssima!

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  5. Que linda sua resenha! Parece que o autor soube bem como fazer um bom trabalho com as palavras nessa obra!

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  6. Ultimamente tenho curtido muito leitura de livros de poemas, por isso fico feliz quando me deparo com indicação de obras desse gênero. Desse modo admito que fiquei interessada na obra, principalmente porque traz questões do nosso cotiano de uma forma mais sensual que toca o leitor. Enfim, mais um título para a minha lista de desejados.

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  7. Olá,
    Não sou do tipo que ler poesias ou poemas e já dei uma chance para um livros de poesia esse ano, mais esse não me atraiu ou cativou o meu interesse irei passar a dica

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  8. Ola...

    Primeiro de tudo, tenho que dizer que amei a sua resenha. Porem, eu nao sou uma pessoa que gosta de ler poesias, entao, acredito que esse livro nao seja pra mim.

    Beijos

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  9. Oi, tudo bem? É a segunda vez que vejo uma resenha desse livro. Eu adoro poemas e achei legal a temática, só não leria, porque tô preferindo ler mulheres, especialmente na poesia. Adorei o modo como escreveu a sua resenha, se relaciona bem com o livro :)

    Love, Nina.
    www.ninaeuma.blogspot.com

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  10. Gosto de poesias, ainda mais quando foge do habitual amor romântico. Gosto de ler sobre o amor carnal, pois ele é tão real quanto o romântico e esse livro parece retratar isso. Não conhecia a obra, mas fiquei animada para ler, então é dica anotada.

    Abraços.

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  11. Olá, eu não costumo ler livros de poemas, mas pelos seus comentários esse parece estar bem bacana, o autor parece ter trabalhado bem seus poemas *-* Dica anotada, quem sabe eu o leia um dia *-*

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  12. Olá, tudo bem? Confesso que de não ler habitualmente poesias, porém fiquei curiosa sobre esse volume, ainda mais por se mostrar meio peculiar. Não conhecia o autor também, apesar de algumas obras suas serem conhecidas, me deixando mais instigada a ler a obra. Dica anotada!
    Beijos,
    http://diariasleituras.blogspot.com.br

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  13. Eu leio essas resenhas de poemas e fico cada vez mais curiosa, mas quando vou ler, eles não me prendem da mesma forma, o que é bem triste. Sua resenha foi quase um poema para mim, com a diferença em me deixou Encantada e presa a essa leitura.

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