Procura-se um Marido, Carina Rissi

Para quem gosta de um clichê

Alicia sabe curtir a vida. Já viajou o mundo, é inconsequente, adora uma balada e é louca pelo avô, um rico empresário, dono de um patrimônio incalculável e sua única família. Após a morte do avô, ela vê sua vida ruir com a abertura do testamento. Vô Narciso a excluiu da herança, alegando que a neta não tem maturidade suficiente para assumir seu império – a não ser, é claro, que esteja devidamente casada.
Alicia se recusa a casar, está muito bem solteira e assim pretende permanecer. Então, decide burlar o testamento com um plano maluco e audacioso, colocando um anúncio no jornal em busca de um marido de aluguel.
Diversos candidatos respondem ao anúncio, mas apenas um deles será capaz de fazer o coração de Alicia bater mais rápido, transformando sua vida de maneiras que ela jamais imaginou.
Cheio de humor, aventura, paixão e emoções intensas, Procura-se um marido vai fisgar você até a última linha.


Se me pedissem para descrever o livro com apenas uma palavra, eu a teria na ponta da língua: PREVISÍVEL. "Procura-se um Marido" de Carina Rissi, apesar de bem avaliado pelo público, foi um dos livros mais clichês que já li. É certo que a autora tentou ser diferente criando - ou tentando criar - uma história divertida e inusitada, mas não deu muito certo e vou explicar o por quê. 

Alicia de Bragança e Lima, a personagem principal, é uma garota de quase 27 anos, mimada e inconsequente. Perdeu os pais ainda quando pequena e foi criada pelo avô, Narciso, um dos homens mais ricos e influentes do mundo, e mesmo sendo alertada por ele diversas vezes para criar juízo, a patricinha resolveu ignorá-lo e foi presa mais de uma vez por transgredir a lei.

No entanto a realidade dela muda do dia para a noite, quando o avô morre. Ao contrário do que ela esperava, o velhinho deixou um testamento que a excluía de sua fortuna, até que se casasse. Como se não bastasse, Alicia foi submetida ao trabalho de assistente de secretária na empresa do avô - o que era um verdadeiro pesadelo para ela.

Desesperada com a situação, a nova "gata borralheira" dos jornais teve a brilhante ideia de arrumar um marido de aluguel, para que então conseguisse recuperar a herança que era sua por direito. O que ela não podia imaginar era que seu novo marido seria Max, um lindo e detestável colega de trabalho, por quem ela acabaria se apaixonando de verdade.

Embora este enredo pareça bonito e perfeito, a autora não conseguiu fazer com que ele prendesse o leitor ao livro: antes de virarmos a página já temos um ótimo palpite do que virá a seguir; a história de amor entre Alicia e Max é um lugar comum e a problematização criada em cima do casal é falha e cheia de subterfúgios e a personalidade de Alicia cai em contradição no decorrer de pouquíssimo tempo. Além disso, o "mistério" que Carina Rissi tenta montar às custas do testamento não tem nada de misterioso. O leitor é capaz de desmascarar o vilão ainda nas primeiras páginas.

Mesmo que que esta resenha tenha criticado o livro, "Procura-se um Marido" não deixa de ser um livro fácil e rápido de ler (principalmente porque é repleto de informalidades na escrita) e é recomendável para quem gosta de romances "água com açúcar". Afinal gosto é gosto.


Informações adicionais:
Título: Procura-se um Marido
Autora: Carina Rissi
Editora: Versus Editora
Páginas: 476
Classificação: 

4 comentários

  1. Heey Gabrielle!

    Me surpreendi com a sua opinião. Geralmente, as pessoas amam esse livro com uma força incrível, mas você deixou bem claro que não gostou tanto assim. Adorei a resenha, de verdade. Beijo!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/

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    1. Obrigada! Quando se trata de alguns romances sou meio do contra... Hahahah
      Beijos!

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  2. me surpreendi também! sempre pensei que você ia curtir! que pena que não te agradou, entendo suas visões, mas sabe quando eu leio e releio esse livro me animo um pouco mais? sempre dou risada das loucuras da alicia
    http://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/

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    1. Eu também me surpreendi! Hahaha
      Quando comprei o livro pensei que fosse adorar... Mas talvez seja só uma fase minha que não está suportando muito romances...
      Beijos!

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