Olá leitores,
Como de costume, trago uma nova autora nacional. A autora da quinzena é a fofa da Rosa Mattos, autora dos livros Paredes Vivas e O medo de Virgília. Ela foi muito simpática e solicita com nós e gostaríamos de pedir que todos torçam, pois o livro O medo de Virgília está com algumas editoras para análise da publicação. Então, desde já Rosa, desejamos toda a sorte do mundo pra você. Não vou mais enrolar, então, vamos a mini entrevista:
1. Nome:
- Rosa Mattos
2. Como eram/são seus costumes com a leitura?
- Desde pequena tive
fascínio por livros e pelos mistérios e aventuras contidas neles. A capacidade
deles em provocar emoções e tirar nossos pés do chão me seduziam. Lembro que na
infância, além do prazer da leitura, eu adorava inventar histórias e brincar de
teatro, criando personagens, improvisando cenas e imaginando enredos. Já
adulta, por um bom tempo mantive o hábito de tirar livros emprestados em
bibliotecas. Além de ficção, costumava ler biografias também. Selecionava um
autor e ia lendo todos os títulos que havia dele nas prateleiras. Depois,
passei a comprar meus próprios livros. Fiz isso por alguns anos. Hoje em dia
não tenho comprado tanto quanto gostaria, mas continuo lendo sempre. Leio, como
quem viaja sobre um tapete mágico, me encantando com o que o passeio oferece de
melhor. Acredito que sempre há algo proveitoso em todas as obras, mesmo quando
a leitura deixa a desejar como um todo. Por isso, raramente abandono um livro
no meio do caminho, mas confesso que muitos erros ortográficos me desanimam
mais do que uma narrativa medíocre. Quanto mais criatividade o autor apresenta,
mais eu o admiro e o coloco no topo da minha lista de preferidos. O autor que
mais li até hoje foi Stephen King. E os últimos livros que comprei foram “O
herói discreto” de Mario Vargas Llosa e “A garota das cicatrizes de fogo” de
Ricardo Ragazzo. São minhas leituras atuais. Ah, sim, tenho mania de ler mais
de um livro ao mesmo tempo.
3. Como surgiu seu amor pela escrita?
- Sempre gostei de ler e
adorava fazer redações na escola. Mas o amor pela escrita aflorou mesmo na
virada dos 12 para 13 anos. Sem dúvida, a pior fase da minha vida. Eu era uma
rebelde sem causa. Queria fugir de casa, brigar com o mundo e tal. Conflitos
típicos da idade. [risos] Foi quando passei a encher cadernos com histórias assombrosas
que fervilhavam meus pensamentos revoltosos. Era meu jeito de extravasar e
expulsar os monstros invasores, sem precisar estragar as unhas, arranhando as paredes
de raiva. (Tá, exagerei. Pulem essa parte. rs) Eu criava meus contos e mostrava
para as minhas irmãs que se assustavam com o que liam, mas adoravam. Eu já
desconfiava, mas nessa época tive certeza – minha imaginação não tinha limites.
Continuei escrevendo para me acalmar, guardando a maioria dos meus escritos
apenas para mim. Os cadernos dessa época, cheios de histórias, rasguei todos,
pois considerava minhas criações um monte de bobagens. E eram. Então, anos mais
tarde, depois de uma longa pausa, por conta dos estudos, trabalho, cursos,
faculdade e tal, voltei a escrever e descobri o universo da blogosfera. Passei
a postar contos, prosas e até poemas no blog que eu criei chamado Contos da
Rosa. Isto foi ótimo. Recomendo a quem quer divulgar suas obras. É uma
excelente forma de iniciar os primeiros contatos com o leitor e obter um feedback, caso estejam em dúvida quanto
a terem ou não talento para a coisa. Assim, fui exercitando a escrita e me
sentindo estimulada a continuar escrevendo, aprendendo, aprimorando e trocando
ideias com outros autores e blogueiros. Mantenho o Contos da Rosa ativo, embora
não publique tanto como fazia anos atrás.
4. Algum autor(a) te inspira?
- Inspirar exatamente não.
Os personagens e histórias surgem de repente, durante uma caminhada, ou
enquanto eu tomo o café da manhã, ou escuto música estirada no sofá. Mas já
participei de um grupo na internet onde criávamos textos (contos, minicontos e
prosas) a partir de um tema proposto. É interessante também produzir uma
história em cima de uma imagem sugerida. Naturalmente as ideias surgem. É um
exercício excelente. Nos períodos em que estou escrevendo, por exemplo, eu paro
de ler, exatamente para não me deixar induzir por nada. Mas sem dúvida, pelo
tanto de livros que já li é inevitável que eu acabe sendo influenciada por
algum deles, sem querer e sem perceber. É praticamente impossível ser original,
visto já terem escrito sobre tudo e explorado todo tipo de estilo e enredo. Por
isso, solto a imaginação e tento ser criativa e inusitada, pois considero essas
as maiores qualidades numa narrativa. Não é à toa que meu estilo preferido é o
suspense. Como leitora, gosto de ser surpreendida. Como autora, tento seguir
por esse caminho. E se um dia eu conseguir produzir uma obra capaz de prender o
leitor nas linhas e surpreendê-lo positivamente, meu objetivo será atingido. Quem
sabe, ainda alcance este feito. Por enquanto, tenho muito a trilhar e espero
não perder jamais o fôlego para continuar tentando fazer sempre o meu melhor.
5. Como foi escrever Paredes Vivas?
- Paredes Vivas foi meu
primeiro romance e um projeto desafiador que me deu imenso prazer produzir.
Acostumada a escrever contos pequenos, um belo dia, um amigo deixou um
comentário numa das minhas postagens do blog, elogiando o conto e dizendo que
achava que eu tinha fôlego para algo maior, inclusive me incentivando a
publicar um romance. Fiquei pensando no assunto, sem nenhuma ideia para uma
história grande. Daí, me inscrevi numa antologia, cujo tema era casas
assombradas. A primeira coisa que me veio à mente foi o título: Paredes Vivas.
Digitei na tela. Fiz umas anotações. Salvei o arquivo. E deixei lá. No dia
seguinte, abri o arquivo e fui construindo os personagens e dando vida para a
história. Desse modo nasceu a Mauren (protagonista), o Tobias (o namorado mais
fofo do mundo) e todos os outros. Quanto a antologia... bem, não consegui
concluir a tempo e perdi o prazo para participar. Então, fiquei na maior
dúvida. A história era grande demais para um conto e pequena demais para um
romance. Foi quando decidi que chegara a hora de sair da zona de conforto dos
contos e me aventurar pra valer. Comecei nas férias de janeiro/2013 e em três
meses apenas eu concluí o livro. Não por apressar o término ou algo do tipo,
mas porque eu não conseguia parar de escrever. Imprimi um ritmo tão frenético
que ao colocar a palavra FIM respirei com satisfação. Uau! Meu primeiro
romance. Mandei o original para duas editoras e fechei contrato com a Dracaena.
Não pensei que fosse assim, tão intenso produzir um romance. Demorei um bocado
para me “desmaurizar”. Descobri que os personagens ganham um poder incomum e
são capazes de alterar os rumos traçados de uma história e nos arrastar para
onde quiserem ir. Eu até sonhava com eles e planejava os destinos que daria
para suas vidas fictícias. E chorei ao escrever o final. Vejam só. [risos] Bem,
torço para que curtam a história de Paredes Vivas, tanto quanto eu curti escrevê-la.
É uma história de amor. Ah, e me perdoem se a sinopse não ficou totalmente condizente
em alguns pontos e certos leitores reclamaram disso. É muito difícil fazer uma
sinopse. Mais difícil do que escrever um livro inteiro. Sério! Estou
aprendendo, gente. Relevem, por favor. Mas não deixem de expressar sua opinião
sincera. São as críticas produtivas que irão me ajudar a melhorar.
6. Há algum personagem/fato do livro real?
- Nenhum. Tanto os
personagens, quanto as situações descritas, são frutos de minha imaginação
fantasiosa.
7. Como você se vê daqui 10 anos?
- Sou otimista por natureza.
Suponho que estarei mais experiente e por isso mesmo mais sensata, mais
equilibrada, bem mais paciente do que sou hoje. Mas tenho certeza que
continuarei inquieta, curiosa, persistente, porque nem consigo me ver de outra
forma que não seja escrevendo, aprendendo, deixando a imaginação fluir em novas
histórias.
E, tomara, levando uma
vida mais confortável, com menos estresse, com mais tempo para escrever e colhendo
os frutos do que estou plantando agora.
8. Conte-nos seu maior sonho...
- É ver minha família
sempre unida, feliz e com saúde. E ser para eles motivo de orgulho por me
lançar na árdua e prazerosa carreira de escritora, no maior atrevimento, estendendo
meu tapetinho mágico no meio da multidão, tentando um lugarzinho ao Sol, entre
tantas estrelas que brilham no cenário literário nacional. Ufa!
Ah, sim, quero muito que
uma Editora bacana publique meu segundo romance “O medo de Virgília” (atualmente
vendido na Amazon), para que ele tenha mais chances de chegar até vocês.
Agora, um pouco sobre o seu trabalho:
Paredes Vivas conta a história de Mauren, uma jovem de dezoito anos que, após uma tragédia familiar ocorrida na infância, vê sua vida desmoronar aos poucos com a perda e o afastamento das pessoas que ama. Acreditando ser a responsável pela morte do pai e aflita pela doença da mãe, ao completar quinze anos passa a conviver com um espírito, escondido nos desvãos das paredes da casa onde mora. Entre o medo de contar a sua mãe sobre seu amigo invisível e o desejo de se livrar da maldição que ela mesma provocou numa brincadeira no cemitério, Mauren apega-se ao fantasma das paredes criando com ele um vínculo incompreensível que a afasta cada vez mais de uma realidade saudável. Seu apego pela mãe e o desespero em tentar protegê-la, seus temores, suas angústias e manias, sua felicidade ao descobrir o amor e sua difícil relação com os tios são os focos desta história, que termina com uma revelação surpreendente.
O que vocês acharam da autora e do livro? Particularmente, amei tudo. Se vocês também gostaram, não deixem de curtir a Fanpage do livro Paredes Vivas, adicionar o livro em "vou ler" no Skoob, e adquirir seu exemplar na Cia dos Livros ou na Amazon.
Deixo ainda, pra vocês, o link para comprar o livro O medo de Virgília, lembrando que ele esta em análise por editoras, na Amazon.
Espero que tenham gostado e até a próxima.
Beijos
Gosto de blogs que dão esse espaço aos nossos autores. Parabéns pela entrevista.
ResponderExcluirFiquei curioso sobre o livro kk, mais um para minha lista .
Abraços
estantejovem.blogspot.com.br
Olá Paulo,
ExcluirObrigada pelo carinho.
Adicione, parece ser muito bom. E além disso, a autora é uma fofa.
Beijos
Bom dia, Bruna. Gostei muito de ler a entrevista e conhecer mais do processo criativo da Rosa, uma amiga generosa com um talento indizível.
ResponderExcluirJá li o seu romance "PAREDES VIVAS" e recomendo.
Adorei as respostas, bem como as perguntas.
Sempre é importante o trabalho de divulgação dos nossos autores, pois é assim que iremos crescendo e nossa obra tornando-se conhecida.
Tenha uma semana de paz!
Sucesso para todas vocês.
Beijos na alma.
Olá Patrícia,
ExcluirFico muito feliz que tenha gostado. Eu me surpreendi muito positivamente com a Rosa por ser uma pessoa muito receptiva, educada e simpática. Ela nos tratou com um imenso carinho e sou muito grata à ela.
Ainda não tive a oportunidade de ler Paredes Vivas, mas o farei em breve, com certeza. Parece ser um livro fascinante.
Fico muito feliz que tenha gostado do nosso trabalho.
Muito obrigada e uma linda semana pra você.
Beijos carinhosos.
Por estar um pouco afastada somente hoje conheço esse espetacular blog
ResponderExcluire com uma magnifica entrevista da querida amiga Rosa.
Uma amiga blogueira de muios anos.
Desejo embora atrasada todo sucesso do qual és merecedora.
beijos..Evanir.