Olá leitores,
Hoje trago à vocês a primeira parte de um conto muito bom que li no blog da Graciele Ruiz. A continuação podem ser lidas nos seguintes links: segunda, terceira e quarta parte.
Ela ergueu o olhar para o relógio, os grandes ponteiros do Big Ben
marcavam exatamente meia-noite. Passou a mão sobre a boca, havia sangue. Ainda
lembrava-se de quando era criança odiava ver sangue, odiava seu cheiro, mas
agora era diferente, o sangue tornara-se um desejo e seu odor a enlouquecia. O
líquido que a mantinha viva e causava mortes. Todas as noites ela cumpria a
mesma sina, uma caçadora ensandecida. Mas ela não tinha o que reclamar, adorava
isso, tinha sonhado, mesmo que inconscientemente com essa vida. Era prazerosa!
Fixou seus olhos azuis no rapaz caído aos seus pés.
Tão jovem... tão ingênuo, tão... morto.
Um sorriso cínico brotou em seu rosto pálido, não costumava sorrir,
não gostava.
Pegou o corpo do rapaz e jogou no banco traseiro do carro, um
conversível vermelho. Entrou e dirigiu-se ao seu destino, não poderia se
atrasar nem mais um segundo.
***
Ele olhava para o seu relógio de pulso, os cabelos grisalhos e meio
compridos caíram nos olhos atrapalhando a visão, ele jogou-os para trás e olhou
novamente, era meia-noite. Ela sempre atrasava, ele sabia, mas fazia questão de
chamar sua atenção todas às vezes, essa não seria diferente. Levantou-se e foi
até uma mesinha á frente do computador, serviu-se um pouco de whisky, sentou-se
em um pequeno sofá preto e esperou.
Um vento frio bateu na janela fazendo a cortina branca balançar. Ele
levantou e foi fecha-la. Olhou para o relógio mais uma vez, meia-noite e dez.
__Você está há 10 minutos atrasada, Jasmine.
__Achei que você já tinha se acostumado.
__E eu achei que você soubesse usar o elevador.
Ele virou-se e viu a bela mulher deitada em seu sofá, loira, cabelos
compridos, unhas grandes e vermelhas, segurava um copo de whisky.
__Quem precisa de elevador quando pode ser como eu?
Ela levou o copo à boca manchando-o com seu batom.
__Abusada... Como sempre.
Ele riu. Ela continuou séria.
__Tenho a leve impressão de que você não veio sozinha no seu carro
hoje. Já disse para você não me trazer mais problemas.
__Não me venha com essa agora! Você sempre consegue tudo nessa cidade.
Mas me desculpe... É o instinto.
Ele descobria tudo. Como? Pergunta que muitos se fizeram e nenhum
obteve a resposta. Manipular as pessoas era o seu dom e isso chegava a dar medo
até em Jasmine. Sentia-se vulnerável.
__Melhor controlar-se então, esse é o último.
__Ah... E quando você não tiver trabalho para mim, o que eu faço?
Morro de fome?
__Não se preocupe, querida... Depois de hoje você nunca mais terá que
se preocupar com isso.
__Gostei disso! – respondeu tomando mais um gole da bebida – Quem será
o felizardo de hoje?
__Felizarda. O envelope está em cima da mesa. Quero a morta antes das
duas da manhã. - Dizia enquanto abria a porta de outro cômodo entrando e
fechando-a logo em seguida.
__Seu desejo é uma ordem.
Continua...
Interessante, me prendeu! ahahah Vou ler a segunda e a terceira parte, faz bem o meu estilo.
ResponderExcluirBeijos, http://escrevoporvicio.blogspot.com/
Olá Maíra,
ExcluirSim, é muito interessante esse conto e o final é surpreendente, essa autora é muito boa.
Beijos
Poxa, interessante! Esse final ficou bem misterioso... terei que ler as continuações, e curti o conversível vermelho kkk Valeu por compartilhar o conto! Beijos
ResponderExcluirwww.bibliophiliarium.com
Olá Tici,
ExcluirFico feliz que tenha gostado.
Acompanhe o blog da autora, ela posta uns contos muito bons!
Beijos
Obrigada pela ajuda Bru :D
ResponderExcluirA quarta e última parte já está lá no blog!!
Beijos.
Olá Gra :)
ExcluirFico feliz que tenha gostado da postagem :D
AMEI esse conto e ponto final rsrs.
Você deveria escrever mais.
Beijos
Que misterioso! Me prendeu na história, fiquei curiosa rs.
ResponderExcluirhttp://nerdicesdeumagarota.blogspot.com.br/
Olá Andressa,
ExcluirLeia a continuação. Vale MUITO a pena.
beijos